Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP debate e defende a manutenção da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo

Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP debate e defende a manutenção da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo

Ontem foi realizada uma reunião convocada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, para debater e defender a manutenção da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, diante da ameaça de sua extinção, por um projeto de lei proposto recentemente pelo deputado estadual Francisco D´Avila na Assembleia Legislativa.

Estiveram presentes no evento representantes de 23 entidades da sociedade civil, autoridades, deputados estaduais, as promotorias de DH e DPE, entre outros.

A representatividade e pluralismo de partícipes nesse debate refletiu a importância da manutenção dos órgãos colegiados que dão voz à sociedade civil nos órgãos do governo, dentre eles a ouvidoria de polícia.

Para quem não sabe, a Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, à semelhança das ouvidorias de outros Estados da Federação,  um órgão da Secretaria da Segurança Pública que tem como atribuições ouvir, encaminhar e acompanhar denúncias, reclamações, sugestões e elogios feitos pela população sobre a atuação policial. A Ouvidoria da Polícia é uma espécie de  ombudsman  da segurança pública no Estado. Trata-se de um órgão dirigido por um representante da sociedade civil, com total autonomia e independência, cuja principal função é ser o porta-voz da população em atos irregulares praticados pela  Polícia Civil  e  Polícia Militar. (informações obtidas no próprio site da Ouvidoria: http://www.ssp.sp.gov.br/ouvidoria/Oque.aspx )

É urgente ampliar esse debate sobre a importância da ouvidoria e mobilizar a população para entender o significado não apenas da ouvidoria, mas de todos os conselhos participativos e órgãos de deliberação que permitem a participação direta dos cidadãos nas instâncias públicas.

Vale lembrar que, em âmbito nacional, o governo federal já determinou a extinção de diversos conselhos que permitiam a reunião de associações, movimentos sociais e iniciativa privada no debate, fiscalização e aperfeiçoamento de políticas públicas de grande relevância e impacto na sociedade.

 Entre os grupos que podem ser extintos estão temas como trabalho escravo e infantil, segurança pública, pessoas com deficiência, direitos dos idosos, população LGBTI e indígena.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP está cumprindo seu papel na defesa da democracia participativa e dos avanços civilizatórios conquistados por todos nós. É preciso, porém, que mais atores se somem a esse movimento e se engajem na defesa da cidadania.

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