Bate-papo com Mônica de Melo sobre a importância do aumento da participação das mulheres na política
Na semana passada, após publicar um artigo sobre a importância da participação das mulheres na política, gravei um breve vídeo com minha amiga e colega de doutorado, professora Mônica de Melo, que também demonstrou ser da mesma opinião em relação à necessidade de uma ação afirmativa de reserva de vagas no parlamento para as mulheres.
Mônica é Defensora Pública do Estado de São Paulo, professora de Direito Constitucional nos cursos de Graduação e Especialização da PUC-SP e especializada nos seguintes temas: Direitos Humanos, Discriminação, e Direitos Humanos da Mulher. É diretora de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Constitucionalistas Democráticos - ABCD e Membro do Conselho Consultivo do Observatório de Gênero da SPM-Brasília.
Durante o nosso bate-papo, ela ressaltou a importância de aprovar novas regras que garantam o aumento da participação das mulheres na política.
Hoje, os partidos são obrigados por lei a reservar 30% das vagas para candidaturas femininas, mas tal medida não foi suficiente para o aumento de eleitas no parlamento.
"Os partidos não investem nas candidaturas das mulheres. Não tem os mesmos recursos que tem para as candidaturas masculinas. Então, o que acaba acontecendo? É que muitas mulheres são colocadas só para ter esse percentual"
A luta pela participação das mulheres na vida política ainda tem um longo caminho pela frente, porém alguns avanços já se começam a fazer notar. Parte dos recursos do fundo partidário e dos programas partidários em rádio e TV já são destinados às mulheres para sua formação política e, em alguns partidos, as mulheres já têm paridade nas direções e delegações de suas instâncias
O vídeo foi resultado de um encontro de mulheres constitucionalistas e defensoras de Direitos Humanos que aparecem ao meu lado na foto no topo da página.
Todas professoras de Direito Constitucional, da esquerda para a direita: Gabriela Araujo (eu), Jéssica Fachin (que gravou o vídeo), Juliana Ribeiro Bastos, Marisa Vilarino e Monica de Melo; debatemos a discriminação profissional enfrentada pelas mulheres e como a desigualdade de gênero pode gerar impactos deletérios para o desenvolvimento de qualquer país, entre outros assuntos.