Gabriela Araujo

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Geoffrey Robertson: um olhar sobre a Justiça brasileira

Geoffrey Robertson é reconhecido como um dos principais defensores dos direitos humanos do mundo. Seu trabalho como advogado, autor e juiz tem sido uma inspiração chave para o movimento de justiça global. 

Ele atuou em muitos casos importantes de direitos humanos nos tribunais britânicos e no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Foi presidente do Tribunal Especial da ONU para a Serra Leoa e um dos três juristas do conselho interno da justiça das Nações Unidas. Defendeu Salman Rushdie, Mike Tyson e Julian Assange e atuou no processo contra o general Pinochet na Human Rights Watch.

É autor de "Crimes Against Humanity: The Struggle for Global Justice"; "The Case of the Pope"; "Mullahs without Mercy: Human Rights and Nuclear Weapons"; e "The Tyrannicide Brief". 

Ao lado dos advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, Robertson representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Comitê dos Direitos Humanos da ONU.

Durante  o 23º Seminário Internacional de Ciências Criminais promovido pelo IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), em São Paulo, Robertson concedeu uma entrevista exclusiva para o nosso site.

Robertson critica o uso das delações premiadas no Brasil, pois entende que é um recurso utilizado para pressionar psicologicamente os investigados.

Para o advogado, todo cidadão merece um julgamento imparcial e o cenário atual da Justiça brasileira é preocupante para os direitos humanos.

Em 1992, o Brasil assinou o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, onde o país se compromete com três importantes itens: proteção contra detenção arbitrária; o direito de presunção de inocência; e a proteção contra interferências arbitrárias ou ilegais na privacidade, família, lar ou correspondência. 

Hoje, Robertson avalia que o sistema judicial brasileiro é “inquisitorial”,  pois o magistrado atua como promotor e juiz. 

Assista a íntegra do vídeo aqui.