No Brasil, onde 53% da população é declarada negra, o IBGE mostra que os negros representam apenas 17,8% entre os 1% mais ricos do país. De acordo com os dados IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2017 temos um índice de 23,5% maior probabilidade de um negro ser assassinado, em relação a cidadãos de outras raças e cores.

O racismo histórico e estrutural enraizado na nossa sociedade, fruto de mais de 300 anos de escravidão no país, pode e deve ser combatido por todos.

Com o exemplo do recente episódio sobre a demissão do jornalista William Waack, afastado de suas funções na TV Globo ao ser acusado de racismo, (link sobre o resultado da perícia: https://goo.gl/m4rwYv) quero conversar com vocês sobre o papel que aqueles que tiveram acesso à política, ao espaço público e ao conhecimento devem exercer na educação sobre as questões de desigualdade na nossa sociedade e jamais permitir que se perpetue ideias de cunho racista.

Fomentar a discussão sobre raça nos espaços públicos, acadêmicos e privados, explicar as questões estruturais, ajudar a desenhar lugares sociais de inclusão. Este é o dever de todos nós para consertar uma história de injustiça no Brasil.